Universidade Federal De
Pelotas
Curso de Licenciatura em Pedagogia à distância
Polo de Sapucaia do Sul – UAB
Curso de Licenciatura em
Pedagogia à distância
Polo de Sapucaia do Sul
– UAB
Artigo
– Descobrindo o EJA – Por Cláucia Cardoso - Esteio/2014
Resumo
O presente relatório
tem como objetivo abordar as questões importantes trabalhadas durante o período
de estágio. Irei abordar questões como os processos de aprendizagem, as etapas
de ensino e o trabalho docente, as demandas de trabalho necessárias a
aprendizagem, refletindo sobre as experiências adquiridas nesse período e
também referenciar com o PPP com as demandas encontradas dentro de sala de aula
e como busquei sanar as necessidades de aprendizado de acordo com a
heterogeneidade da turma.
O estagio foi realizado
em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental, localizada na cidade de Sapucaia
do Sul, RS, no período de 24/03/2014 à 27/06/2014, no turno da noite com a
turma de EJA, etapa I e II, com idade entre 29 e 88 anos.
Palavras-chave: EJA, planejamento,
aprendizagem e trabalho docente.
Introdução
A partir da experiência
vivida dentro da escola e dos referencias de autores, irei abordar os seguintes
assuntos Demandas; Consideração das demandas a partir do planejamento;
Aprendizagem dos alunos; PPP e Matriz curricular, e sua relação com as
situações ocorridas dentro do cotidiano escolar; Aprendizagem dos alunos, como
percebi e agi, a partir das evidencias de aprendizagem e não aprendizagem;
No item demandas, irei abordar quais as
demandas irei abordar quais as demandas que deparei para conseguir acompanhar e
a aprendizagem da turma, e como agi a partir da heterogeneidade encontrada,
considerando as necessidades individuais dos alunos.
No item referente
consideração das demandas a partir do planejamento, irei abordar de que maneira
conduzi o planejamento a fim de buscar suprir as demandas encontradas, assim
como exemplos de atividades trabalhadas dentro da sala de aula.
No item referente à
aprendizagem dos alunos, irei apresentar como consegui ou não notar as
especificidades de cada aluno e de que forma consegui utilizá-las, quais as
necessidades que consegui perceber, e como notei a aprendizagem ou não de cada
aluno, no item aprendizagem dos alunos, como percebi e agi, a partir das
evidencias de aprendizagem e não aprendizagem irei complementar trazendo mais
situações que mostrem o quanto a aprendizagem dos alunos foi levada em
consideração para desenvolver o planejamento.
Sobre PPP e Matriz
curricular, e sua relação com as situações ocorridas, irei relacionar o que foi
trabalhado com o que esta previsto, e como relacionei as situações com o PPP e
a Matriz Curricular.
Por fim, farei uma
conclusão sobre o período de estagio.
2. Desenvolvimento.
O período de estagio
foi muito proveitoso para mim, como nunca trabalhei nessa área foi muito rico
conhecer professoras e principalmente trabalhar com adultos nessa faixa etária,
a cada dia foi uma nova descoberta e ao longo dos dias me surpreendi ainda mais
com as conquistas de cada um e principalmente com as minhas, a equipe é muito
prestativa e esteve ao meu lado buscando saber se havia algo que poderiam me
auxiliar, buscando sempre o bem estar dos alunos para que não desistissem dessa
jornada tão importante para eles, ainda mais depois de tantos anos sem estudar.
A turma como um todo é
bem heterogênea, cada aluno tem suas particularidades e necessita muito de
orientação do professor a todo instante, foi necessário que desenvolvesse três
planejamentos, e cada planejamento fosse adaptado aos alunos, ou seja, acabei
trabalhando atividades iguais, de maneiras diferentes com cada aluno.
Assim consegui com que
todos realizassem as tarefas de acordo com seu nível de aprendizagem,
respeitando o tempo e saber de cada um.
Para cada aluno, foi
necessário algum tipo de adaptação do planejamento, o que tornou o planejamento
bem complexo mas que mesmo assim foram importantes para um bom andamento da
turma, buscando sempre um melhor desenvolvimento da aprendizagem, assim como um
melhor aproveitamento do conhecimento prévio de cada aluno.
Trago aqui o trecho de
um texto, que fala sobre educação infantil, porém creio que em relação a construção
do conhecimento não se trata de falar em crianças ou adultos, se trata em falar
sobre a individualidade de cada um.
“O que se deve garantir em
educação é o respeito às diferenças de cada um. E esse respeito às diferenças
exige uma permanente observação e reflexão do processo individual de construção
do conhecimento” (HOFFMANN, Jussara. 2000).
Cada aluno tem seu
tempo, seu ritmo e isso deve ser levado em conta quando se trabalha com
educação seja ela de adultos ou crianças, sempre devemos estar observando para
que nenhuma criança fique para traz no processo de ensino e é observando a
heterogeneidade, a individualidade que conseguiremos respeitar o ritmo de cada
um.
Para cada aluno foram
essenciais algumas ações a fim de buscar garantir a continuidade e avanço da
aprendizagem de cada um, trago então, alguns aspectos que foram modificados e
com que finalidades realizei essas alterações.
A aluna “E.”, a qual
tínhamos planejado trabalhar pontilhados conforme orientação da professora
titular, porém me deparei com uma aluna que já conhecia algumas letras do
alfabeto, porém decoradas, ou seja, se seguir a sequência do alfabeto ela sabe,
porém ao perguntar as letras aleatoriamente ela não consegue saber todas, então
ao invés de fazermos somente pontilhado adaptamos algumas atividades para ela
fazer, buscando trabalhar as letras, com as palavras, ainda no pontilhado porém
com mais abrangência nas palavras para que as letras passassem a ter
significado para ela, pois, como ela mesmo disse quer aprender as palavras, não
só as letras, e com isso fiquei o tempo todo falando qual letra é, e que
palavra ela estava formando, para que assim ela pudesse ir associando a palavra
ao objeto.
Trago então uma citação
que me faz pensar que mesmo não conhecendo a realidade concreta do aluno, é
necessário conhecer ao menos as necessidades e objetivos de cada um, a fim de
buscar um melhor significado para o conteúdo a ser desenvolvido.
“Uma educação significativa deve
partir das condições concretas de existência e para isto, o educador, enquanto
articulador e coordenador do processo, precisa ter um bom conhecimento da
realidade com a qual vai trabalhar: alunos, escola, comunidade, sociedade,
assim como a ciência que vai ministrar. Não se trata de conhecer a “vida
intima” de cada aluno, membro da comunidade, etc., mas de aprender suas
principais características, seus determinantes. Com relação aos alunos, é
importante que conheça suas necessidades, interesses, representações, valores,
experiências, expectativas, problemas que se colocam, etc., como forma de ter
pontos articulação com o conhecimento a ser construído” (VASCONCELOS, 1992).
A aluna “L.” sabe
muitas palavras, mas ainda errava coisas bem simples, então além das atividades
propostas no planejamento, passei palavras no quadro para que ela copiasse no
caderno, para uma melhor memorização, a professora titular disse também havia
dito que ela adorava pintar, então busquei sempre ter nas atividades dela
alguma pintura, porém no terceiro dia de aula, ela estava reclamando, “Olha ai
professora, quanta pintura eu já tenho, eu não quero mais ficar pintando não,
já pintei bastante”, deixei então a pintura opcional, se quiser pintar pinta,
se não quiser, não é obrigatório, assim ela fazia igual a pintura, mas não que
isso fosse obrigatório.
O aluno “J.” tinha
muita dificuldade, então o planejamento dele não foi alterado, trabalhei com os
sons das palavras, e com a montagem delas, pois, ele consegue fazer algumas,
mas troca coisas bem simples, como o DA, pelo FA, ou coisas parecidas, também
no período de estágio ele faltou muitos dias, o que dificultou um maior
acompanhamento do seu aprendizado, ainda assim passei atividades para que ele
realizasse em casa e não perdesse muitos conteúdos trabalhados, as que ele
trouxe para correção consegui notar bastante evolução, porém como foram
atividades realizadas com auxílio da esposa dele, não pude ter certeza da
evolução dele, pois, em aula ele ainda tinha muita dificuldade.
A aluna “D.” é muito
esforçada e está quase avançando para próxima etapa, então o planejamento havia
sido mantido num primeiro momento, porém ao decorrer dos dias, senti
necessidade de avançar mais os conteúdos, pois
senti que essa aluna estava estagnada em seu aprendizado, apenas treinando o
que já sabia sem acrescentar nada em seu conhecimento, busque então com a
professora parceira indicações para conseguir com que essa aluna aprendesse
mais dentro daquilo que estava inserido na sua etapa de ensino, a partir das
orientações da professora elaboramos probleminhas matemáticos com mais
dificuldade, que continham mais de uma operação matemática e também
necessitassem de uma maior interpretação do enunciado do problema para então
conseguir uma solução, abordamos também o uso de palavras com sílabas de maior
dificuldade ortográfica com o uso de (ss, s, c, ç, x, ch, etc), com isso
trabalhei dentro do conteúdo previsto porém com maior dificuldade, assim
consegui também fazer atividades de fixação e probleminhas copiados do quadro,
porque a letra ainda está meio ilegível, e conforme a orientação da professora
titular era necessário trabalhar com a organização do caderno.
A aluna “V.”, não teve
seu plano alterado, pois, ainda está em constante desenvolvimento das
atividades expostas no planejamento, porém pediu que fizemos frases, ou até
mesmo atividades de escrever os números por extenso, pois, a última vez que ela
tinha feito essa atividade tinha errado bastante coisa, então queria treinar,
conversamos com a professora parceira que nos orientou como fazer, e foi, bom
pois, com os erros ela está tendo um grande progresso quanto a escrita.
Tive também a
oportunidade de lecionar para a aluna “E.” que voltou a estudar há apenas dois
meses, mas é esforçada, e adora todas as atividades que passamos, fiquei muito
feliz ao receber um elogio dela, e principalmente quando ela disse que sentiria
nossa falta, que mesmo gostando da professora titula gostava muito de mim, e de
minha colega que fez dupla comigo, nesse período tão importante para nossa
futura prática docente, seu plano também não foi alterado, mas acrescentamos
algumas atividades com palavras prontas para memorização.
Essas foram algumas das
controvérsias que foram surgindo ao longo do período de estágio, e que consegui
com ajuda da colega e também da professora titular ir solucionando, durante a
aula mesmo, como estamos em dupla, conseguimos dar muita atenção para todos os
alunos, sempre esclarecendo duvidas, elogiando, e mostrando o quanto são
capazes, apesar de acharem que não conseguem.
2.2
–Demandas a partir do planejamento
Cada aluno tem seu
tempo, seu ritmo de aprendizagem, mas não achei no início que isso fosse
influenciar muito meu plano, mas influenciou sim, pois, para uns eu tinha que
ter mais atividades que para outros, para um mesmo dia de aula, no decorrer dos
dias, busquei adequar às necessidades de aprendizado de cada um, trabalhando a
mesma atividade de maneiras diferentes, para a aluna “L.”, por exemplo,
podíamos passar uma atividade de completar as palavras que ela fazia
tranquilamente, com poucas dúvidas. Já para o aluno “J.” essa mesma atividade,
teria que ser explicada, e acompanhada passo a passo, passamos no quadro as
famílias das letras, para que juntos pudéssemos ler, e “desvendar” a silaba
necessária para completar as palavras.
Trago aqui, uma citação
que afirma, que é necessário respeitar o tempo, e a fase em que o aluno se
encontra.
“Na educação escolar,
deve-se levar em conta uma dimensão fundamental do sujeito do conhecimento: a
fase do desenvolvimento e que se encontra (e as respectivas operações mentais).
Apesar da mesma estrutura básica, a forma de conhecer tem elementos
diferenciados de acordo com a fase ou estágio de desenvolvimento.
Outro exemplo que no
planejamento foi mais fácil que na prática foi as atividades das alunas “V.” e “D.”,
a professora titular havia passado que elas estariam no mesmo nível de
aprendizagem, porém não foi isso que identificamos no decorrer dos dias, pois a
Aluna “D.” resolvia probleminhas matemáticos com bastante facilidade sem
auxílio da professora, já a aluna “V.”, necessitava de explicação e
acompanhamento para realização da mesma atividade, com isso buscamos dificultar
os problemas passados para a aluna “D.”, e minha colega e eu nos revezarmos
para sanar as dificuldades encontradas pela “V.” ao longo das atividades.
Acredito que foi muito
proveitoso estarmos em dupla nesse estágio, pois, conseguimos juntas encontrar
soluções para mediar as dificuldades dentro da sala, e assim encontrar a melhor
maneira de lidar com as diversidades dessa turma.
Essa semana foi muito
boa para nós, recebemos o carinho dos alunos, que estão com saudades da
professora titular, mas também sentidos, por estarmos terminando o estágio e
consequentemente o período junto com eles. Com a declaração da Aluna “E.” que
disse que sentirá nossa falta, e que mesmo gostando da professora titular,
gostaria que ficássemos, o que nos alegrou muito, pois, nos mostrou que estamos
no caminho certo, e que com carinho, dedicação e esforço conseguimos criar
laços de amizade e carinho em tão pouco tempo.
Cito um referencial que
me faz pensar que essas o afeto que recebi foram fundamentais ao processo de
aprendizagem pois, ele pode contribuir muito para motivação e esforço dos
alunos.
“O aspecto afetivo tem uma
profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou
diminuir o ritmo de desenvolvimento. Ele pode determinar sobre que conteúdos a
atividade intelectual se concentrará. (WADSWORTH, 1997, P.23).
Consegui
isso em sala de aula, criei com meus alunos no período de estagio um vinculo
maravilhoso, que levarei comigo para sempre.
2.3 – Aprendizagem dos alunos
Irei apontar aqui de que maneira percebi as diferentes etapas da
aprendizagem dos alunos, e se foi satisfatória ou não, e de que modo busquei
adaptar as atividades a fim de alcançar o melhor resultado possível.
O planejamento deve ser pensado, de acordo não só com as necessidades
de cada um, mas também a realidade do educando, e a proposta de cada etapa, um
bom planejamento deve aproveitar o saber prévio de cada um, considerando as
diversidades e o cotidiano dos educandos.
Ao longo do curso temos nos
aprofundado sobre o ato de planejar, buscando compreender que o planejamento é
uma ação pedagógica não só importante, mas fundamental. A partir de uma
intencionalidade, o ato de planejar permite organizar e programar as ações para
atingir os objetivos, sempre conhecendo a realidade a respeito do que se deseja
planejar.
“Planejar é
pensar sobre aquilo que existe, sobre o que se quer alcançar, com que meios se
pretende agir (Oliveira, 2007. P, 21) ”.
A partir do
planejamento é necessário encaminhar o que foi proposto, utilizando materiais
que permitam que os alunos interajam, e principalmente que compreendam o
objetivo do que está sendo proposto para que aquela atividade se torne
importante e significativa para ele.
Cada
educando tem seu ritmo, seu conhecimento prévio, e seu tempo de aprender, por
isso é necessário que cada um seja mediado, acompanhado e orientado de acordo
com suas necessidades, entendo que é
necessário acompanhar cada processo individualmente, para que se tenha o
conhecimento sobre o que cada aluno compreendeu sobre o que se está estudando.
A ação do
professor enquanto mediador do aprendizado deve ser minuciosa, em relação ao
acompanhamento e registro do processo de aprendizado de cada educando, devem
ser feitas anotações, problematizações, buscando identificar se o planejamento
está correspondendo ao que se quer ensinar, e também buscando aprimorar esse
planejamento para que ele se adapte as necessidades de cada um.
A maneira como as propostas contidas no
planejamento serão encaminhadas devem ser pensadas de modo a favorecer que o
aluno possa realizá-las no seu ritmo de aprendizado de acordo com seus avanços
e limitações, definir os meios e os recursos para a realização das atividades e
o tempo destinado a elas, promovendo o interesse e a motivação.
Os
alunos ainda estão em processo de aprendizagem por isso não é possível
determinar que não houve aprendizagem ou que houve aprendizagem, pois, ainda
estão desenvolvendo as atividades, diante disso, busquei adaptar o planejamento
para que cada aluno pudesse desenvolver as atividades de acordo com seu ritmo.
Estar
em dupla nos permitiu discutir e agir já em sala de aula para adequar o
planejado de acordo com a necessidade do dia, pois, cada aluno deve ser
respeitado como pessoa, as vezes chegavam com problemas familiares e não
queriam fazer atividades muito cansativas pois, já estavam exaustos, então
adaptávamos a atividade ao tempo e realidade de cada um.
Para
que a aprendizagem ocorra é necessário que o planejamento possua boas estratégias;
tenha flexibilidade, para que se consiga fazer com que o adulto mesmo cansado
após seu dia de trabalho sinta entusiasmo ao realizar as tarefas, ter paciência
e compreensivo com o aluno também facilita na hora de explicar a atividade.
Conforme Libâneo:
“O planejamento é
uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em
termos da sua organização e coordenação em face de objetivos propostos, quanto
a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino” (LIBÂNEO, 1993, p
221)
Portanto, além de nos mostrar que é
necessário pensar as atividades de maneira adequadas, também é necessário se
adequar de acordo com as necessidades para que o processo de ensino se dê de
maneira satisfatória.
No
decorrer do estágio, não tive maiores dificuldades com os conteúdos, pois, como
trabalhamos apenas português e matemática, são áreas em que tenho um bom
conhecimento, trabalho com a área financeira, então faço contas de cabeça e
consegui auxiliar os alunos no que foi necessário, e aquilo que não sabia
busquei me aprofundar, buscando em livros, na internet, e com os professores da
escola, então o não saber determinado conteúdo, não interferiu na aprendizagem
dos alunos.
Os
conteúdos passados para os alunos, tiveram a total aprovação da professora
titular que já trabalhava naquela
linha de raciocínio, então, as atividades foram bem aceitas pelos alunos, e
consequentemente consegui que a aprendizagem fosse satisfatória.
As
atividades foram organizadas a fim de atender o ritmo de cada aluno, para uns
passei atividades no quadro, enquanto outros faziam atividades na folhinha
então, como estávamos em dupla, enquanto uns copiavam do quadro aproveitávamos
para explicar a atividade para outro, assim enquanto uns faziam, outros
recebiam atividades e explicação, assim, conseguimos nos organizar a fim de que
todos recebessem a atenção necessária para potencializar a aprendizagem.
A
escola estava aberta a nós, disposta a ajudar no que fosse necessário, então
quanto tínhamos duvidas, falávamos com os professores que estivessem
disponíveis, a Diretora e a supervisora também se colocaram a disposição para
nos auxiliar no que fosse necessário para que a turma ficasse o mais à-vontade
possível conosco.
2.4 – PPP e Matriz curricular, e sua relação com as situações ocorridas
dentro do cotidiano escolar
Ao analisar o PPP é possível
perceber que o que vi nesse período de estagio na escola, sobre incentivo,
apoio e aceitação, esta documentado lá, o PPP nos traz que é preciso auxiliar o
aluno a construir a capacidade crítica, a responsabilidade, a criatividade e a
autonomia, ajudando esse aluno a descobrir todo seu potencial, e aproveitando
tudo que o aluno tem de melhor para desenvolver um bom trabalho não só na sala
de aula, mas também fora dela.
“Aumentar
a auto-estima, fortalecer a confiança na sua capacidade de aprendizagem,
valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social” (PPP, pg15).
A
escola procura realizar projetos que incentivem os alunos a frequentarem a
escola, proporcionando aos alunos momentos de descontração e aprendizagem, em
momentos mais casuais, na turma que fiz o estágio, não havia muita evasão, e
eles não tinham interesse nessas atividades diferenciadas, as etapas finais que
eram compostas por alunos mais novos, se mantinham mais ativos nessas
atividades (festas, feiras, gincanas, palestras).
Na
matriz curricular dessa etapa, constam conteúdos de Língua Portuguesa,
Matemática, Estudos da Sociedade e Natureza, Artes e Educação física, porém
conforme a orientação da professora titular deveríamos trabalhar apenas
português e matemática, desenvolvendo os seguintes conteúdos, Matemática:
sistema de numeração decimal, algarismos, números cardinais: leitura e escrita,
sistema monetário, adição e subtração, ordem crescente e decrescente, sucessor
e antecessor, números pares e impares; Português: alfabeto, ordem alfabética,
vogais e consoantes, sílabas, ortografia, leitura e interpretação textual, como
a turma é bem heterogênea cada conteúdo foi trabalhado de maneira diferente,
assim como nem todos os conteúdos foram trabalhados com todos os alunos, pois,
são conteúdos a serem desenvolvidos aos poucos.
Acredito
que consegui fazer uma relação com os conteúdos da matriz curricular, com
aquilo que foi planejado, pois, através do dialogo e das questões apresentadas
consegui fazer com que o aluno conseguisse compreender o que foi solicitado, e
conseguisse assim desenvolver sua capacidade de raciocínio.
3 - Conclusão
Diante
disso posso dizer que a EJA é uma etapa muito importante para Jovens e Adultos,
pois dá a eles a possibilidade de fazer um novo começo, descobrindo que nunca é
tarde para aprender.
Quando se trabalha com
educação devemos pensar em tudo, usando a realidade da turma para desenvolver
atividades que despertem o interesse doa alunos, tudo que estudamos até agora
nos remete a pensar isso, a realidade de cada aluno nos auxilia a buscar
maneiras de trabalhar, buscando sempre respeitar o tempo, o limite, e o saber
prévio deles.
O professor deve sempre
se manter atualizado, buscando se aperfeiçoar de acordo com a área que estiver
trabalhando, isso o ajudará também a estar sempre reavaliando seu método de
ensino, e consequentemente conseguirá manter o nível de aprendizagem dos alunos
alto, independente da turma que trabalhar.
É importante também ter
o apoio da equipe pedagógica, para que essa possa desenvolver atividades que
minimizem a evasão escolar e também maximize o interesse dos alunos pela
escola.
Assim, posso afirmar que foi uma experiência
muito enriquecedora, que me permitiu criar vínculos com pessoas muito
especiais, e me permitiu não só transmitir conhecimento, mas também aprender
muito com os alunos e com a equipe da escola, que mais uma vez foi maravilhosa
comigo.
Referências
Bibliográficas
HOFFMAN,
Jussara. Avaliação na Pré Escola: Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança.
Porto Alegre: Mediação, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de
Educação Básica. Parecer CNE/CEB n. 20, de 11 de novembro de 2009. Revisão
das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, p. 14, 9
dez. 2009
OSTETTO,
Luciana Esmeralda. Planejamento na Educação Infantil: mais que a atividade, a criança em
foco. In: Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas,
Papirus, 2000.
OLIVEIRA, Dalila de Andrade. Gestão Democrática da Educação: Desafios
Contemporâneos. 7ª
edição. Petrópolis, RJ. Editora Vozes.
LIBANÊO,
José Carlos. Didática. Coleção Magistério. São Paulo:
Cortez, 1993.
VASCONCELOS,
Celso dos S. Metodologia Dialética em sala de aula. In: Revista de Educação AEC. Brasilia:
abril de 1992 (n. 83).
Nenhum comentário:
Postar um comentário