terça-feira, 14 de outubro de 2014

Universidade Federal De Pelotas
Curso de Licenciatura em Pedagogia à distância
Polo de Sapucaia do Sul – UAB
 Curso de Licenciatura em Pedagogia à distância
Polo de Sapucaia do Sul – UAB

Artigo – Descobrindo o EJA – Por Cláucia Cardoso - Esteio/2014

Resumo

O presente relatório tem como objetivo abordar as questões importantes trabalhadas durante o período de estágio. Irei abordar questões como os processos de aprendizagem, as etapas de ensino e o trabalho docente, as demandas de trabalho necessárias a aprendizagem, refletindo sobre as experiências adquiridas nesse período e também referenciar com o PPP com as demandas encontradas dentro de sala de aula e como busquei sanar as necessidades de aprendizado de acordo com a heterogeneidade da turma.
O estagio foi realizado em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental, localizada na cidade de Sapucaia do Sul, RS, no período de 24/03/2014 à 27/06/2014, no turno da noite com a turma de EJA, etapa I e II, com idade entre 29 e 88 anos.
Palavras-chave: EJA, planejamento, aprendizagem e trabalho docente.


Introdução

A partir da experiência vivida dentro da escola e dos referencias de autores, irei abordar os seguintes assuntos Demandas; Consideração das demandas a partir do planejamento; Aprendizagem dos alunos; PPP e Matriz curricular, e sua relação com as situações ocorridas dentro do cotidiano escolar; Aprendizagem dos alunos, como percebi e agi, a partir das evidencias de aprendizagem e não aprendizagem;
 No item demandas, irei abordar quais as demandas irei abordar quais as demandas que deparei para conseguir acompanhar e a aprendizagem da turma, e como agi a partir da heterogeneidade encontrada, considerando as necessidades individuais dos alunos.
No item referente consideração das demandas a partir do planejamento, irei abordar de que maneira conduzi o planejamento a fim de buscar suprir as demandas encontradas, assim como exemplos de atividades trabalhadas dentro da sala de aula.
No item referente à aprendizagem dos alunos, irei apresentar como consegui ou não notar as especificidades de cada aluno e de que forma consegui utilizá-las, quais as necessidades que consegui perceber, e como notei a aprendizagem ou não de cada aluno, no item aprendizagem dos alunos, como percebi e agi, a partir das evidencias de aprendizagem e não aprendizagem irei complementar trazendo mais situações que mostrem o quanto a aprendizagem dos alunos foi levada em consideração para desenvolver o planejamento.
Sobre PPP e Matriz curricular, e sua relação com as situações ocorridas, irei relacionar o que foi trabalhado com o que esta previsto, e como relacionei as situações com o PPP e a Matriz Curricular.
Por fim, farei uma conclusão sobre o período de estagio.


2.      Desenvolvimento.

O período de estagio foi muito proveitoso para mim, como nunca trabalhei nessa área foi muito rico conhecer professoras e principalmente trabalhar com adultos nessa faixa etária, a cada dia foi uma nova descoberta e ao longo dos dias me surpreendi ainda mais com as conquistas de cada um e principalmente com as minhas, a equipe é muito prestativa e esteve ao meu lado buscando saber se havia algo que poderiam me auxiliar, buscando sempre o bem estar dos alunos para que não desistissem dessa jornada tão importante para eles, ainda mais depois de tantos anos sem estudar.
A turma como um todo é bem heterogênea, cada aluno tem suas particularidades e necessita muito de orientação do professor a todo instante, foi necessário que desenvolvesse três planejamentos, e cada planejamento fosse adaptado aos alunos, ou seja, acabei trabalhando atividades iguais, de maneiras diferentes com cada aluno.
Assim consegui com que todos realizassem as tarefas de acordo com seu nível de aprendizagem, respeitando o tempo e saber de cada um.
Para cada aluno, foi necessário algum tipo de adaptação do planejamento, o que tornou o planejamento bem complexo mas que mesmo assim foram importantes para um bom andamento da turma, buscando sempre um melhor desenvolvimento da aprendizagem, assim como um melhor aproveitamento do conhecimento prévio de cada aluno.
Trago aqui o trecho de um texto, que fala sobre educação infantil, porém creio que em relação a construção do conhecimento não se trata de falar em crianças ou adultos, se trata em falar sobre a individualidade de cada um.
“O que se deve garantir em educação é o respeito às diferenças de cada um. E esse respeito às diferenças exige uma permanente observação e reflexão do processo individual de construção do conhecimento” (HOFFMANN, Jussara. 2000).
Cada aluno tem seu tempo, seu ritmo e isso deve ser levado em conta quando se trabalha com educação seja ela de adultos ou crianças, sempre devemos estar observando para que nenhuma criança fique para traz no processo de ensino e é observando a heterogeneidade, a individualidade que conseguiremos respeitar o ritmo de cada um.
Para cada aluno foram essenciais algumas ações a fim de buscar garantir a continuidade e avanço da aprendizagem de cada um, trago então, alguns aspectos que foram modificados e com que finalidades realizei essas alterações.
A aluna “E.”, a qual tínhamos planejado trabalhar pontilhados conforme orientação da professora titular, porém me deparei com uma aluna que já conhecia algumas letras do alfabeto, porém decoradas, ou seja, se seguir a sequência do alfabeto ela sabe, porém ao perguntar as letras aleatoriamente ela não consegue saber todas, então ao invés de fazermos somente pontilhado adaptamos algumas atividades para ela fazer, buscando trabalhar as letras, com as palavras, ainda no pontilhado porém com mais abrangência nas palavras para que as letras passassem a ter significado para ela, pois, como ela mesmo disse quer aprender as palavras, não só as letras, e com isso fiquei o tempo todo falando qual letra é, e que palavra ela estava formando, para que assim ela pudesse ir associando a palavra ao objeto.
Trago então uma citação que me faz pensar que mesmo não conhecendo a realidade concreta do aluno, é necessário conhecer ao menos as necessidades e objetivos de cada um, a fim de buscar um melhor significado para o conteúdo a ser desenvolvido.
“Uma educação significativa deve partir das condições concretas de existência e para isto, o educador, enquanto articulador e coordenador do processo, precisa ter um bom conhecimento da realidade com a qual vai trabalhar: alunos, escola, comunidade, sociedade, assim como a ciência que vai ministrar. Não se trata de conhecer a “vida intima” de cada aluno, membro da comunidade, etc., mas de aprender suas principais características, seus determinantes. Com relação aos alunos, é importante que conheça suas necessidades, interesses, representações, valores, experiências, expectativas, problemas que se colocam, etc., como forma de ter pontos articulação com o conhecimento a ser construído”  (VASCONCELOS, 1992).

A aluna “L.” sabe muitas palavras, mas ainda errava coisas bem simples, então além das atividades propostas no planejamento, passei palavras no quadro para que ela copiasse no caderno, para uma melhor memorização, a professora titular disse também havia dito que ela adorava pintar, então busquei sempre ter nas atividades dela alguma pintura, porém no terceiro dia de aula, ela estava reclamando, “Olha ai professora, quanta pintura eu já tenho, eu não quero mais ficar pintando não, já pintei bastante”, deixei então a pintura opcional, se quiser pintar pinta, se não quiser, não é obrigatório, assim ela fazia igual a pintura, mas não que isso fosse obrigatório.
O aluno “J.” tinha muita dificuldade, então o planejamento dele não foi alterado, trabalhei com os sons das palavras, e com a montagem delas, pois, ele consegue fazer algumas, mas troca coisas bem simples, como o DA, pelo FA, ou coisas parecidas, também no período de estágio ele faltou muitos dias, o que dificultou um maior acompanhamento do seu aprendizado, ainda assim passei atividades para que ele realizasse em casa e não perdesse muitos conteúdos trabalhados, as que ele trouxe para correção consegui notar bastante evolução, porém como foram atividades realizadas com auxílio da esposa dele, não pude ter certeza da evolução dele, pois, em aula ele ainda tinha muita dificuldade.
A aluna “D.” é muito esforçada e está quase avançando para próxima etapa, então o planejamento havia sido mantido num primeiro momento, porém ao decorrer dos dias, senti necessidade de avançar mais os conteúdos, pois senti que essa aluna estava estagnada em seu aprendizado, apenas treinando o que já sabia sem acrescentar nada em seu conhecimento, busque então com a professora parceira indicações para conseguir com que essa aluna aprendesse mais dentro daquilo que estava inserido na sua etapa de ensino, a partir das orientações da professora elaboramos probleminhas matemáticos com mais dificuldade, que continham mais de uma operação matemática e também necessitassem de uma maior interpretação do enunciado do problema para então conseguir uma solução, abordamos também o uso de palavras com sílabas de maior dificuldade ortográfica com o uso de (ss, s, c, ç, x, ch, etc), com isso trabalhei dentro do conteúdo previsto porém com maior dificuldade, assim consegui também fazer atividades de fixação e probleminhas copiados do quadro, porque a letra ainda está meio ilegível, e conforme a orientação da professora titular era necessário trabalhar com a organização do caderno.
A aluna “V.”, não teve seu plano alterado, pois, ainda está em constante desenvolvimento das atividades expostas no planejamento, porém pediu que fizemos frases, ou até mesmo atividades de escrever os números por extenso, pois, a última vez que ela tinha feito essa atividade tinha errado bastante coisa, então queria treinar, conversamos com a professora parceira que nos orientou como fazer, e foi, bom pois, com os erros ela está tendo um grande progresso quanto a escrita.
Tive também a oportunidade de lecionar para a aluna “E.” que voltou a estudar há apenas dois meses, mas é esforçada, e adora todas as atividades que passamos, fiquei muito feliz ao receber um elogio dela, e principalmente quando ela disse que sentiria nossa falta, que mesmo gostando da professora titula gostava muito de mim, e de minha colega que fez dupla comigo, nesse período tão importante para nossa futura prática docente, seu plano também não foi alterado, mas acrescentamos algumas atividades com palavras prontas para memorização.
Essas foram algumas das controvérsias que foram surgindo ao longo do período de estágio, e que consegui com ajuda da colega e também da professora titular ir solucionando, durante a aula mesmo, como estamos em dupla, conseguimos dar muita atenção para todos os alunos, sempre esclarecendo duvidas, elogiando, e mostrando o quanto são capazes, apesar de acharem que não conseguem.

2.2 –Demandas a partir do planejamento

Cada aluno tem seu tempo, seu ritmo de aprendizagem, mas não achei no início que isso fosse influenciar muito meu plano, mas influenciou sim, pois, para uns eu tinha que ter mais atividades que para outros, para um mesmo dia de aula, no decorrer dos dias, busquei adequar às necessidades de aprendizado de cada um, trabalhando a mesma atividade de maneiras diferentes, para a aluna “L.”, por exemplo, podíamos passar uma atividade de completar as palavras que ela fazia tranquilamente, com poucas dúvidas. Já para o aluno “J.” essa mesma atividade, teria que ser explicada, e acompanhada passo a passo, passamos no quadro as famílias das letras, para que juntos pudéssemos ler, e “desvendar” a silaba necessária para completar as palavras.
Trago aqui, uma citação que afirma, que é necessário respeitar o tempo, e a fase em que o aluno se encontra.
“Na educação escolar, deve-se levar em conta uma dimensão fundamental do sujeito do conhecimento: a fase do desenvolvimento e que se encontra (e as respectivas operações mentais). Apesar da mesma estrutura básica, a forma de conhecer tem elementos diferenciados de acordo com a fase ou estágio de desenvolvimento.
Outro exemplo que no planejamento foi mais fácil que na prática foi as atividades das alunas “V.” e “D.”, a professora titular havia passado que elas estariam no mesmo nível de aprendizagem, porém não foi isso que identificamos no decorrer dos dias, pois a Aluna “D.” resolvia probleminhas matemáticos com bastante facilidade sem auxílio da professora, já a aluna “V.”, necessitava de explicação e acompanhamento para realização da mesma atividade, com isso buscamos dificultar os problemas passados para a aluna “D.”, e minha colega e eu nos revezarmos para sanar as dificuldades encontradas pela “V.” ao longo das atividades.
Acredito que foi muito proveitoso estarmos em dupla nesse estágio, pois, conseguimos juntas encontrar soluções para mediar as dificuldades dentro da sala, e assim encontrar a melhor maneira de lidar com as diversidades dessa turma.
Essa semana foi muito boa para nós, recebemos o carinho dos alunos, que estão com saudades da professora titular, mas também sentidos, por estarmos terminando o estágio e consequentemente o período junto com eles. Com a declaração da Aluna “E.” que disse que sentirá nossa falta, e que mesmo gostando da professora titular, gostaria que ficássemos, o que nos alegrou muito, pois, nos mostrou que estamos no caminho certo, e que com carinho, dedicação e esforço conseguimos criar laços de amizade e carinho em tão pouco tempo.
Cito um referencial que me faz pensar que essas o afeto que recebi foram fundamentais ao processo de aprendizagem pois, ele pode contribuir muito para motivação e esforço dos alunos.
“O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. Ele pode determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. (WADSWORTH, 1997, P.23).
            Consegui isso em sala de aula, criei com meus alunos no período de estagio um vinculo maravilhoso, que levarei comigo para sempre.

2.3  – Aprendizagem dos alunos

Irei apontar aqui de que maneira percebi as diferentes etapas da aprendizagem dos alunos, e se foi satisfatória ou não, e de que modo busquei adaptar as atividades a fim de alcançar o melhor resultado possível.
O planejamento deve ser pensado, de acordo não só com as necessidades de cada um, mas também a realidade do educando, e a proposta de cada etapa, um bom planejamento deve aproveitar o saber prévio de cada um, considerando as diversidades e o cotidiano dos educandos.
         Ao longo do curso temos nos aprofundado sobre o ato de planejar, buscando compreender que o planejamento é uma ação pedagógica não só importante, mas fundamental. A partir de uma intencionalidade, o ato de planejar permite organizar e programar as ações para atingir os objetivos, sempre conhecendo a realidade a respeito do que se deseja planejar.
          “Planejar é pensar sobre aquilo que existe, sobre o que se quer alcançar, com que meios se pretende agir (Oliveira, 2007. P, 21) ”. 
            A partir do planejamento é necessário encaminhar o que foi proposto, utilizando materiais que permitam que os alunos interajam, e principalmente que compreendam o objetivo do que está sendo proposto para que aquela atividade se torne importante e significativa para ele.
            Cada educando tem seu ritmo, seu conhecimento prévio, e seu tempo de aprender, por isso é necessário que cada um seja mediado, acompanhado e orientado de acordo com suas necessidades,       entendo que é necessário acompanhar cada processo individualmente, para que se tenha o conhecimento sobre o que cada aluno compreendeu sobre o que se está estudando.
            A ação do professor enquanto mediador do aprendizado deve ser minuciosa, em relação ao acompanhamento e registro do processo de aprendizado de cada educando, devem ser feitas anotações, problematizações, buscando identificar se o planejamento está correspondendo ao que se quer ensinar, e também buscando aprimorar esse planejamento para que ele se adapte as necessidades de cada um.
A maneira como as propostas contidas no planejamento serão encaminhadas devem ser pensadas de modo a favorecer que o aluno possa realizá-las no seu ritmo de aprendizado de acordo com seus avanços e limitações, definir os meios e os recursos para a realização das atividades e o tempo destinado a elas, promovendo o interesse e a motivação.
            Os alunos ainda estão em processo de aprendizagem por isso não é possível determinar que não houve aprendizagem ou que houve aprendizagem, pois, ainda estão desenvolvendo as atividades, diante disso, busquei adaptar o planejamento para que cada aluno pudesse desenvolver as atividades de acordo com seu ritmo.
            Estar em dupla nos permitiu discutir e agir já em sala de aula para adequar o planejado de acordo com a necessidade do dia, pois, cada aluno deve ser respeitado como pessoa, as vezes chegavam com problemas familiares e não queriam fazer atividades muito cansativas pois, já estavam exaustos, então adaptávamos a atividade ao tempo e realidade de cada um.
Para que a aprendizagem ocorra é necessário que o planejamento possua boas estratégias; tenha flexibilidade, para que se consiga fazer com que o adulto mesmo cansado após seu dia de trabalho sinta entusiasmo ao realizar as tarefas, ter paciência e compreensivo com o aluno também facilita na hora de explicar a atividade. Conforme Libâneo:
                            “O planejamento é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face de objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino” (LIBÂNEO, 1993, p 221)
            Portanto, além de nos mostrar que é necessário pensar as atividades de maneira adequadas, também é necessário se adequar de acordo com as necessidades para que o processo de ensino se dê de maneira satisfatória.
            No decorrer do estágio, não tive maiores dificuldades com os conteúdos, pois, como trabalhamos apenas português e matemática, são áreas em que tenho um bom conhecimento, trabalho com a área financeira, então faço contas de cabeça e consegui auxiliar os alunos no que foi necessário, e aquilo que não sabia busquei me aprofundar, buscando em livros, na internet, e com os professores da escola, então o não saber determinado conteúdo, não interferiu na aprendizagem dos alunos.
            Os conteúdos passados para os alunos, tiveram a total aprovação da professora titular     que já trabalhava naquela linha de raciocínio, então, as atividades foram bem aceitas pelos alunos, e consequentemente consegui que a aprendizagem fosse satisfatória.
            As atividades foram organizadas a fim de atender o ritmo de cada aluno, para uns passei atividades no quadro, enquanto outros faziam atividades na folhinha então, como estávamos em dupla, enquanto uns copiavam do quadro aproveitávamos para explicar a atividade para outro, assim enquanto uns faziam, outros recebiam atividades e explicação, assim, conseguimos nos organizar a fim de que todos recebessem a atenção necessária para potencializar a aprendizagem.
            A escola estava aberta a nós, disposta a ajudar no que fosse necessário, então quanto tínhamos duvidas, falávamos com os professores que estivessem disponíveis, a Diretora e a supervisora também se colocaram a disposição para nos auxiliar no que fosse necessário para que a turma ficasse o mais à-vontade possível conosco.

            2.4 – PPP e Matriz curricular, e sua relação com as situações ocorridas dentro do cotidiano escolar

Ao analisar o PPP é possível perceber que o que vi nesse período de estagio na escola, sobre incentivo, apoio e aceitação, esta documentado lá, o PPP nos traz que é preciso auxiliar o aluno a construir a capacidade crítica, a responsabilidade, a criatividade e a autonomia, ajudando esse aluno a descobrir todo seu potencial, e aproveitando tudo que o aluno tem de melhor para desenvolver um bom trabalho não só na sala de aula, mas também fora dela.
Aumentar a auto-estima, fortalecer a confiança na sua capacidade de aprendizagem, valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social” (PPP, pg15).

            A escola procura realizar projetos que incentivem os alunos a frequentarem a escola, proporcionando aos alunos momentos de descontração e aprendizagem, em momentos mais casuais, na turma que fiz o estágio, não havia muita evasão, e eles não tinham interesse nessas atividades diferenciadas, as etapas finais que eram compostas por alunos mais novos, se mantinham mais ativos nessas atividades (festas, feiras, gincanas, palestras).
            Na matriz curricular dessa etapa, constam conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, Estudos da Sociedade e Natureza, Artes e Educação física, porém conforme a orientação da professora titular deveríamos trabalhar apenas português e matemática, desenvolvendo os seguintes conteúdos, Matemática: sistema de numeração decimal, algarismos, números cardinais: leitura e escrita, sistema monetário, adição e subtração, ordem crescente e decrescente, sucessor e antecessor, números pares e impares; Português: alfabeto, ordem alfabética, vogais e consoantes, sílabas, ortografia, leitura e interpretação textual, como a turma é bem heterogênea cada conteúdo foi trabalhado de maneira diferente, assim como nem todos os conteúdos foram trabalhados com todos os alunos, pois, são conteúdos a serem desenvolvidos aos poucos.
            Acredito que consegui fazer uma relação com os conteúdos da matriz curricular, com aquilo que foi planejado, pois, através do dialogo e das questões apresentadas consegui fazer com que o aluno conseguisse compreender o que foi solicitado, e conseguisse assim desenvolver sua capacidade de raciocínio.

           


 3 - Conclusão
Diante disso posso dizer que a EJA é uma etapa muito importante para Jovens e Adultos, pois dá a eles a possibilidade de fazer um novo começo, descobrindo que nunca é tarde para aprender.
Quando se trabalha com educação devemos pensar em tudo, usando a realidade da turma para desenvolver atividades que despertem o interesse doa alunos, tudo que estudamos até agora nos remete a pensar isso, a realidade de cada aluno nos auxilia a buscar maneiras de trabalhar, buscando sempre respeitar o tempo, o limite, e o saber prévio deles.
O professor deve sempre se manter atualizado, buscando se aperfeiçoar de acordo com a área que estiver trabalhando, isso o ajudará também a estar sempre reavaliando seu método de ensino, e consequentemente conseguirá manter o nível de aprendizagem dos alunos alto, independente da turma que trabalhar.
É importante também ter o apoio da equipe pedagógica, para que essa possa desenvolver atividades que minimizem a evasão escolar e também maximize o interesse dos alunos pela escola.
 Assim, posso afirmar que foi uma experiência muito enriquecedora, que me permitiu criar vínculos com pessoas muito especiais, e me permitiu não só transmitir conhecimento, mas também aprender muito com os alunos e com a equipe da escola, que mais uma vez foi maravilhosa comigo.

Referências Bibliográficas


HOFFMAN, Jussara. Avaliação na Pré Escola: Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CEB n. 20, de 11 de novembro de 2009. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, p. 14, 9 dez. 2009
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Planejamento na Educação Infantil: mais que a atividade, a criança em foco. In: Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas, Papirus, 2000.
OLIVEIRA, Dalila de Andrade. Gestão Democrática da Educação: Desafios Contemporâneos. 7ª edição. Petrópolis, RJ. Editora Vozes.
LIBANÊO, José Carlos. Didática. Coleção Magistério. São Paulo: Cortez, 1993.
VASCONCELOS, Celso dos S. Metodologia Dialética em sala de aula. In: Revista de Educação AEC. Brasilia: abril de 1992 (n. 83).

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