sábado, 25 de outubro de 2014

PRATICA DOCENTE EM SERIES INICAIS


Universidade Federal de Pelotas

Polo de Sapucaia do Sul

Licenciatura em Pedagogia













Prática docente em séries iniciais: demandas e encaminhamentos

 





Cássia Letícia de Oliveira Padilha







Tutoras Pólo: Joelma Guimarães; Marta Rejane da Luz Fernandes

Equipe docente: Eliane Weber; Emília Cristina Teixeira; Lilian







Escola Estadual Migue Gustavo

4º ANO B





Sapucaia do Sul, 25 de junho de 2013








Resumo



No presente artigo estão apontadas as minhas reflexões a partir da heterogeneidade da turma, suas complexidades e demandas e quais foram meus processos mediatórios. Também está aqui descrito como foram elaborados alguns pontos dos meus planos de aula e aspectos que considerei importantes na aplicação dos meus planejamentos, inclusive em relação às propostas e organizações da escola.

O estágio foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Miguel Gustavo, em uma turma da pré-escola, com crianças de 9 e 11 anos de idade, no turno da tarde.





Palavras-chave: séries iniciais, metodologia dialética, aprendizagem, pedagogia.















Introdução






No presente artigo viso expor e refletir sobre minha experiência no estágio de Licenciatura em Pedagogia, em séries iniciais, com o 4º ano B, turma da tarde, composta por 24 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Miguel Gustavo, situada no município de Sapucaia do Sul.

O artigo em questão versa sobre os aspectos mais importantes em relação à aprendizagem da turma acima citada, percebidos e vinvenciados por mim, do decorrer de três semanas de prática, totalizando 60h, mais as 20 de observação. No desenvolvimento que segue, estão apontadas as minhas reflexões a partir da heterogeneidade da turma, suas complexidades e demandas e quais foram meus processos mediatórios. Também está como foi feito e a aplicação dos meus planejamentos, inclusive em relação às propostas e organizações da escola.

Sobre a experiência docente de estágio





    Demandas sobre a experiência docente de estágio




A turma com a qual realizei meu estágio em séries iniciais, continha vinte e quatro alunos, quase todos de classe média, com a maioria de meninas. Apesar de tratar-se de crianças bastante colaborativas, são crianças bastante agitadas, com necessidade de diálogo, sendo que alguns deles tem muita dificuldade de permanecerem sentados por períodos mais longos. Em relação ao aprendizado é possível destacar que muitos deles ainda encontram grandes dificuldades na escrita, sendo a leitura mais fluente. Há muitos erros de grafia, o que ainda pode ser considerado normal, mas havia uma forte dificuldade quanto ao uso correto de sinais de pontuação e formatação de parágrafos, bem como da estrutura do texto. Estavam em fase de consolidação da tabuada e a maioria deles ainda não estava familiarizados a ela.

Havia alguns perfis de aluno que tinham mais autonomia e se mostravam bastantes produtivos, com pouca mediação do professor, na turma na qual estágio. Havia um menino muito quieto e quando o tema lhe era interessante, acabava muito rapidamente o proposto e ficava atento aos outros, quieto, parecia que estava ocioso ou não tinha feito, mas quando indagado, respondia logo que já tinha feito e sentia-se como que ofendido porque eu não percebi que já tinha acabado. Ele esperava que a professora desse feedbacks positivos, embora não pedisse verbalmente, e nem informasse que concluiu a tarefa. Havia outro que não copiava tudo tempestivamente, parecia que não estava prestando atenção e era muito inquieto. No entanto, sempre que questionado ou durante as explicações e reflexões mais importantes, contribuia com o diálogo, demonstrando boa compreensão. Era um bom aluno, mas interferia no andamento da aula porque sendo muito agitado, perturbava a concentração dos outros colegas. Por fim, um grupo de crianças que concluía as atividades com muita rapidez e então partia para a conversa, também interferia no andamento tranquilo da aula, porque distraíam os que não tinham acabado.







Ações necessárias a fim de garantir a aprendizagem de todos.


Para solver a necessidade do aluno mais quieto que citei anteriormente, as atitudes são relativamente menos complexas. Ele esperava interação com a professora, embora não falasse. Ele queria ser notado e aguardava para ter mais diálogos com a professora. Quando notava que ele concluiu, agora vou até seu lugar e dialogamos, vemos se algo a mais pode ser feito e algumas vezes incentivo a pesquisa ou leitura, já que temos um netbook por aluno na escola.

No caso do segundo menino, a situação é um pouco mais complicada porque ele atrapalha os demais com sua agitação. Nesse caso é preciso repetidamente ter conversas com ele , porque deixá-lo sem recreio já não vinha funcionando com a titular. Ele demonstrou maior carência afetiva e quando tratado com mais atenção parece que acalmou-se mais. Entao explico de várias maneiras que precisa se controlar para o seu bem e o dos colegas, ele melhorou um pouco.

E para o grupo de crianças colaborativas que logo concluem as tarefas, creio que essa colaboração entre elas foi extremamente benéfica. Enquanto dialogavam com seus pares e buscavam a resolução dos problemas, cresciam e aprendiam. Essa foi a intenção das minhas aulas, então estimulei-os a ajudarem em aula e auxiliarem também aos colegas que apresentavamm um déficit de aprendizado se comparados a eles. Pareciam gostar de colaborar e tudo isso facilitava muito o andamento dos nossos trabalhos.


    Planejamento e consideração das demandas específicas da turma.


No que diz respeito ao nível de aprendizado das crianças, verifiquei que estavam razoavelmente bem. Elas tinham muito o vínculo com as notas boas, e tentei trabalhar a questão do estudo e do desenvolvimento do pensamento para aquisição da independência, sempre fazendo reflexões coletivas acerca dos temas e convidando-os para um diálogo que serviu tanto para eles construírem seus próprios conceitos, como para eu conseguir aplicar os planejamentos da melhor maneira possível. Trabalhando produção textual, por exemplo, verifiquei que uma aluna que falava muito e levantava muito da classe, poderia me ajuda a encenar o texto tema da produção deles, e então dei a ela uma máscara de raposa (personagem principal do texto pra inspirá-los) e ela encenou esse personagem. Como era uma criança muito desenvolta, os outros adoraram e se divertiram muito aprendendo. Foi uma ótima experiência como educadora, e vi que mesmo essa agitação deles pode ser benéfica.

Em relação aos meus planos de aula, eles se mostraram muito úteis e quase tudo o que planejei consegui aplicar, exceto quanto à duração de algumas aulas que excederam o planejado, porque há alunos que são muito mais rápidos do que outros, principalmente quando a questão envolve escrita e produção de textos. Alguns precisavam de explicações mais detalhadas e outros precisavam de mais tempo para expressar e organizar suas ideias.

Confeccionamos uma ficha de produção de texto, a decoramos e plastificamos para uso posterior. Nessa ficha estavam dez itens básicos para uma boa produção de texto como: revisar título (presença e coerência), espaço para parágrafos, construção de no mínimo 3 parágrafos (introdução, desenvolvimento e conclusão), maiúsculas e minúsculas, etc. Essa ficha surgiu a partir do relato da professora titular que disse que os alunos tinham grande dificuldades ainda na produção textual, então quis planejar algo que os possibilitasse ter mais autonomia e norteamento. Deu muito certo e todos envolveram-se nas atividades subsequêntes, como elaboração de textos, correção dos textos dos colegas e reformulações a partir dessas correções.

Nas aulas de ciências, como a professora titular solicitou a abordagem do tema da água, fizemos pequenas experiências com gelo e dei uma folha com outras situações práticas, para que as observassem com os responsáveis e completassem. Demonstraram grande satisfação e isso rendeu bons comentários em aula. Nas aulas de estudos sociais, na abordagem do tema espaços rurais e espaços urbanos, fizemos juntos quadros comparativos e pensamos nesses cenários no passado, com recursos que existiam e atualmente, com recursos mais modernos, isso gerou bastantes reflexões, enriquecendo a aula, que concluímos na semana posterios com a correção das atividades e discussões sobre os movimentos sociais nos espaços rurais e urbanos , os alunos foram bastante participativos e procuraram , junto comigo analisar os prós e contras, ou melhor, as causas legítmas e distorções existentes em tais movimentos para utilização dos espaços da cidade (Movimento dos Sem Teto, Movimento dos Sem Terra, Movimentos políticos, etc)













Papel discente




Da matriz curricular e do Projeto Político Pedagógico da Escola




Procurei valorizar da matriz curricular os pontos que enfatizavam metodologia dialética e com princípios relacionados à obtenção da autonomia do aluno, e ao desesenvolvimento de seu espírito criativo e crítico, sempre aproximando o máximo possível os conteúdos da realidade das crianças, a fim de que seus conhecimentos sejam reconstruídos e consolidados, formando bases mais sólidas para a posterior ampliação de seus saberes. Isso porque todos os conteúdos são importantes, mas desconectados da vida cotidiana das crianças, ficam sem significação e logo são esquecidos e dificilmente são compreendidos tão bem como quando fazemos abordagens mais práticas. A metodologia dialética, consiste em:

Uma metodologia dialética poderia ser expressa através de três grandes momentos, que na verdade devem corresponder mais a três grandes dimensões ou preocupações do educador no decorrer do trabalho pedagógico, já que não os podemos separar de forma absoluta, a não ser para fins de melhor compreensão da especificidade de cada um. Como superação da metodologia tradicional, exige-se pois: Mobilização para o Conhecimento, Construção do Conhecimento; Elaboração da Síntese do Conhecimento” (VASCONCELLOS, 1992).



Ou seja, acredito que as aulas “clássicas”, da metodologia expositiva, usualmente aplicadas desde longo tempo atrás, onde o aluno é o “receptor” e o professor o “transmissor”, são bem menos produtivas em termos de consolidação de saberes e aprendizado.




Da aprendizagem dos alunos

Nesse estágio em séries iniciais procurei planejar as aulas a partir do diálogo inicial com a professora parceira, a fim de manter o foco nas maiores dificuldades da turma, para tentar suavizar esses problemas. Isso aconteceu mantendo um trabalho continuado tanto no controle da agitação da turma, com tarefas coerentes com seu nível (não desestimulá-los pelo excesso de dificuldade/facilidade), e também com ênfase na produção textual e matemática, já que estavam com muitas dificuldades tanto na tabuada, operações matemáticas e escrita.

Planejei atividades com abordagens variadas, dentro de um mesmo tema, como a tabuada com as mãos, com linhas e jogos em duplas como o dominó da tabuada. Os alunos produziram textos a partir de narrativas, corrigiram em conjunto, apresentaram encenações e interpretaram alguns textos a fim de entender as estruturas textuais e conseguirem organizar as ideias de maneira lógica e concatenada.

Procurei sempre usar textos curtos, mas com histórias envolventes que permitissem reflexões posteriores como é o caso das fábulas infantis. Além disso as encenações enquanto líamos coletivamente, com o uso de máscaras e o auxílio de alguns alunos. Quanto mais recursos lúdicos eram utilizados, mais colaboração e envolvimento eu obtinha da turma.




Da relação com a realidade concreta

Semestre anterior tive a experiência docente com os alunos da educação infantil e em muito isso ajudou para a atuação agora, com as séries iniciais. Saber da rotina da escola, horários e rituais de inicio e saída foram úteis e isso simplicou muito a minha ansiedade em relação a manter a ordem e colaboração da turma. Nos aspectos pertinentes a aplicação do planejamento e abordagem dos conteúdos, que já se diferencia um pouco da educação infantil, tentei ser empática e recordar dos momentos que vivenciei na escola enquanto aluna, já que não tinha experiência anterior.

Refleti e tentei buscar na memória as sensações que tive quanto era aluna, quando me sentia satisfeita com alguma atividade de que recordava e quando não gostava e sentia que não tinha compreendido, como no caso da aula que recordo muito bem, em que finalmente compreendi a operação de divisão, porque a professora do terceiro levou um bolo à aula e o repartiu em partes iguais entre os alunos. Fiquei maravilhada e vi o quanto era simples, algo que insistiam com “aquele negócio de palitinhos de fósforos e contagens sem sentido”, conforme pensava.

Essas minhas reflexões, junto com as orientações que tivemos no percurso enquanto alunas da pedagogia até aqui me certificaram de que é preciso aproximar os conteúdos da realidade cotidiana dos alunos, para que os mesmo possam compreender tais conteúdos com mais facilidade e menos trabalho braçal (como cópias incessantes de conteúdos). O desenvolvimento intelectual não precisa estar ligado ao esforço físico, embora esses momentos também sejam benéficos, desde que não sejam supervalorizados como prática educativa.




Da organização e coordenação das propostas na sala a fim de potencializar a aprendizagem

O professor precisa estar ciente de que ele é o mediador do aluno com o conhecimento formal, que o aluno espera obter no professor, a ponte que o leva à melhor adaptação escolar, com orientações amorosas e dedicadas. Percebi que o aluno consegue entender que não tem o mesmo atendimento personalizado que tem em casa, por ser o filho e não apenas um aluno em uma turma com vários alunos. Na escola ele aprende a fazer consessões, mas espera que o professor o veja em suas indidualidades, e não apenas como um número. Essa valorização da individualidade ajuda muito em seu crescimento docente. É preciso saber motivar o aluno a persistir, e conforme Vasconcello:

A motivação para o conhecimento em sala de aula, além das características do sujeito, está relacionada a: assunto a ser tratado; forma como é trabalhado; relações inter-pessoais (professor-aluno, aluno-aluno). Isto significa que, na sala de aula, a motivação é um complexo e dinâmico processo de interações entre os sujeitos (professor-aluno, aluno-professor, aluno-aluno, etc.), os objetos de conhecimento (temas, assuntos, objetos, etc.) e o contexto em que se inserem (sala de aula, escola, comunidade, realidade em geral, etc.).” (VASCONCELLOS, 1992)



Portanto, para potencializar a aprendizagem dos alunos, procurei manter uma postura de cumplicidade, sempre aberta ao diálogo e negociações, perguntando suas preferências, fazendo votações quando possível, escutando as dificuldades dos alunos, questionando-os quanto suas dúvidas e respostas, alimentos reflexões conjuntas para que pudessem eles mesmos elaborar e reconstruir seus conceitos pessoais acerca dos conteúdos. Evitei ser apenas uma transmissora dos conteúdos. Em todos os planejamentos separei momentos para reflexões e conversas coletivas, para que esse espaço servisse aos alunos como momento de expressar-se e localizar a aplicação desses conteúdos no que já sabiam e no que já vivenciaram anteriormente. Pois é preciso que o professor seja capaz de auxiliar o aluno, significando o conteúdo trabalhado em aula, sendo significação entendida conforme o excerto do artigo de Vasconcellos abaixo:

A significação é função da realidade do sujeito de conhecimento. Portanto, se queremos efetivamente buscar a significação, precisamos resgatar a realidade concreta desse sujeito, tanto do ponto de vista filogenético -história da sua espécie-, como do ponto de vista ontogenético -história pessoal (inserida no contexto social desua época). O primeiro passo, portanto, do educador, enquanto articulador do processo de ensino-aprendizagem, deverá ser no sentido de conhecer sua realidade, ou seja, conhecer a realidade com a qual vai trabalhar. Para isto, inicialmente o professor tem que aprender com seus alunos.” (VASCONCELLOS, 1992).




Da busca pela rede de apoio




A escola parceira, apesar de não contar com muitos recursos financeiros, conta com a colaboração de sua clientela, portanto encontra-se em bom estado de conservação. Além disso é participante do programa UCA (Um Computador por Aluno), do estado, que concede a cada aluno da escola, um netbook, para uso pessoal. Isso faz com que os alunos naturalmente desenvolvam mais autonomia, pois aprendem a pesquisar na internet e tem acesso a mais fontes de informação, mesmo que nem todos tenham esse acesso em casa.

A rede especializada de apoio é ainda muito incipiente. Até o final do ano passado não existia orientação escolar, por exemplo, e a que existe agora é muito limitada e não atende bem às necessidades dos alunos, porque não está presente diariamente, apenas em alguns turnos e dias. A escola é pequena e as demandas especiais com os pais e responsáveis acabam sendo encaminhadas à direção e vice-direção.

Procurei usar os netbooks sempre que possível, para que complementassem os conteúdos com pesquisas e jogos. Depois de apresentar o conteúdo e fazer a reflexão com os alunos, procurava sempre ou propor um jogo online, procurado anteriormente, ou solicitar pesquisa em alguma das atividades sobre o conteúdo.

Não utilizei videos e nem projetores, mas provavelmente faria maior uso se fosse a titular da turma, dependendo do tema. Como tive que trabalhar os temas passados pela titular e o tempo era reduzido planejei atividades com dinâmicas mais curtas, pois se abrisse espaço para vídeos, mais aulas seriam necessária na abordagem do tema em questão.

A biblioteca foi utilizada normalmente, pois a turma já tinha uma rotina de troca de livros semanal. Mantive nas aulas de português, quinze minutos reservados para a leitura, conforme solicitado pela escola, porque muitos deles não atendiam às solicitações de leitura em casa.

Considerações Finais







Conforme o acima relatado, e de acordo com o que já expressei nas reflexões do estágio em séries iniciais, fica claro para mim que todos os professores, em seus fazeres docentes, tem de manter a prática constante de revisar suas crenças e realizar, em seus trabalhos diários, exames de consciência, a fim de que as marcas e impactos dos preconceitos sejam vencidos e a sociedade seja um ambiente sadio de respeito às diversidades e pluralidades.

Na escola, mais importante do que moldar os alunos, construindo neles um apanhado de conteúdos “amontoados”, é preciso plantar neles o hábito pela busca do conhecimento e desenvolvimento das ideias. Porque precisamos de cidadão críticos que consigam entender o local no que vivem para dele tirar o melhor proveito e nesse local também serem capazes de intervir, interagir, modificar e contribuir.

A escola está inserida na sociedade não como agente aparador de arestas, como se o aluno fosse um ser selvagem a ser domesticado. A escola está inserida na sociedade por ser parte dela, por ser um canal potencializador do ser humano, capaz de ampliar seus horizontes, sendo um local fomentador de ideias, de formas de pensar e local de socialização dos saberes, tanto da comunidade, representada primeiramente pelos alunos, e depois pelos pais e entorno, que também possuem conhecimento e necessidades peculiares a cada região, e são componentes importantes tanto nas decisões sobre os rumos da escola, como podem utilizar os espaços escolares em sua comunidade para outras atividades sociais e culturais locais.

A escola é da comunidade. A escola é de todos.

 
Referências Bibliográficas




VASCONCELLOS, Celso dos S. Metodologia Dialética em Sala de Aula. In: Revista de Educação AEC. Brasília: abril de 1992 (n. 83).

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