UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE
ABERTA DO BRASIL
CENTRO DE
EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
LICENCIATURA
EM PEDAGOGIA – EAD
Relatório de Estágio
PLANEJAR: ENSINAR E
APRENDER
CATIANA
VICENTE PELLEGRINI
CANOAS 2013
Catiana Vicente Pellegrini
PLANEJAR
ENSINAR E APRENDER
A
Escola e suas lições
|
Supervisor do Estágio
CLPD: Lilian Lorenzato
Supervisor do Estágio Escola:
Rosângela Furtado Flores
Canoas, 2013
Equipe
docente responsável:
Professores
a distância: Emília Cristina Rodrigues Teixeira,
Lilian Rodrigues Corrêa.
Professores
presenciais: Joelma Guimarães, Marta Rejane da Luz Fernandes.
Professor
Formador: Cristiane Peres de Vasconcellos.
1.
RESUMO
Neste
trabalho está à tentativa de descrever o sentimento e as percepções a respeito
do trabalho e experiências durante as duas semanas de estágio. No dia-a-dia
escolar, não é comum a prática de avaliar, refletir sobre as ações realizadas.
O estágio, embora realizado num período breve, serviu de laboratório para
outras ações futuras. A intenção aqui não está em colocar reflexões
definitivas, mas aprender, planejar, colocar em prática o que foi previsto e
avaliar. Perceber os avanços e conquistas e também os desafios futuros daquilo
que não se concretizou.
Entre as ideias mais destacadas a
seguir, estarão as respostas obtidas junto aos alunos nas mais diversas ações
ligadas a atividades práticas e participativas. O retorno positivo e resultados
adquiridos serão focados com frequência nas questões a seguir: O professor
também sente o desafio de manter este nível de aprendizado bom, mas ao mesmo
tempo estressante para ele, por outro lado produtivo para o aluno. Este
trabalho deseja ser o esboço não conclusivo, mas inicial desta tarefa em busca
de uma escola mais adaptada as necessidades e realidade de hoje.
O
estágio foi realizado em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental no
Município de Nova Santa Rita /RS, em uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental,
com alunos de oito a onze anos de idade.
PALAVRAS CHAVE:
Percepções, sentimento, respeito, avaliar, aprender, laboratório, prática, planejar, avanços, conquistas, ações, aprendizado, necessidades, busca, Perceber, desafio,
escola, tarefa, intenção, reflexões, ações,
realidade, professor, aluno, trabalho.
SUMÁRIO
1.
RESUMO...........................................................................................
5
2.
SUMÁRIO
......................................................................................
6
3. APRESENTAÇÃO
............................................................................7
4. DESENVOLVIMENTO
........................................................................8
4.1 Etapa de ensino
............................................................................8
4.2 -
Processo de Ensino
.....................................................................10
4.3 -
Aprendizagem dos alunos ............................................................10
4.4
-Trabalho
docente...........................................................................11
5. CONCLUSÃO
........................................................................................13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
......................................................15
2. APRESENTAÇÃO
O trabalho a seguir
deseja trazer um esboço das atividades e práticas realizadas nas duas semanas
de estágio. Certamente não serão questões conclusivas, mas uma tentativa de
planejar uma prática e a partir disso buscar refletir as conquistas e os
desafios que permaneceram a partir desta experiência.
No desenvolvimento do relatório
deste estágio está a intenção de apresentar as etapas vividas durante este
período. Também como aconteceu o processo de aprendizagem, as respostas que os
alunos apresentam diante dos temas e dinâmicas propostas. Por fim, também o
trabalho do estagiário, a satisfação desta prática dentro do curso, mas também
um momento único, cansativo, mas com bons resultados obtidos.
3.
DESENVOLVIMENTO
A experiência de estágio
como aprendizado torna necessária uma atitude de humildade e coragem. Preparar
um caminho de professor e ao mesmo tempo de aprendiz. É um momento único, que muitas
vezes ajuda o educador construir um perfil que corresponda aos desafios atuais
e futuros.
No desenvolvimento deste trabalho serão colocadas algumas
conclusões em torno da prática desenvolvida nestas duas semanas. As reflexões não
são definitivas, mas a tentativa de expressar um sentimento vivenciado durante
este período marcante da cumplicidade professor e aluno.
3.1 Etapa de ensino
Esta
etapa de atividade caracterizada como estágio, tornou-se um momento único com
objetivos claros de realizar uma experiência num período específico. Buscar se
aventurar em caminhos antes pouco explorados com dinâmicas, desejando encontrar
com elas respostas e resultados mais eficazes. As avaliações foram feitas
periodicamente, buscando encontrar respostas nos dizeres dos próprios alunos,
sempre colocar os planos em prática e depois avaliar em seguida.
As
atividades do estágio foram produtivas, principalmente pelo conhecimento
antecipado da turma onde as atividades foram realizadas. Esta particularidade,
juntamente com o conhecimento dos alunos, ajudou e propiciou uma experiência
interessante e positiva. A partir deste momento único, é possível imaginar que
o aprendizado seja o início da aquisição de conhecimentos importantes para a
caminhada como professor.
Os
espaços da escola ajudaram no desenvolvimento das atividades preparadas,
principalmente o ambiente externo, amplo e natural foi muito proveitoso para os
alunos desenvolverem as atividades propostas.
Em
relação ao tempo, houve contratempos, chuva, atividades extras organizadas pela
escola que tornaram necessário a adequação das propostas a serem trabalhadas.
Estes contratempos tiveram o lado positivo, encontrar alternativas, buscar de
forma criativa soluções para as situações inesperadas.
Os
materiais que estiveram disponíveis para a execução das tarefas não foram
satisfatórios, houve a necessidade de adaptações quando necessário, mesmo
assim, o que foi planejado seguiu o curso previsto. Os planejamentos realizados
tiveram que ser readaptados, principalmente pelo ritmo dos alunos quando não
conseguiram realizaram as atividades dentro do esperado. Cada aluno possui o
seu tempo para realizar as atividades. A reflexão sobre o tempo do aluno foi
percebido com frequência no estágio. Este fator exige do professor-estagiário a
compreensão e avaliação da situação, muitas vezes com a necessidade de
observação e tomadas de decisões próprias para o momento como o uso de espaços
diferentes dos previstos, por exemplo, o pátio da escola. A este respeito, Marilda
da Silva, nos presenteia com suas reflexões.
“A
nosso juízo, porque a vida real tem uma dinamicidade muitas vezes diferente da
que está nas teorias que são ensinadas nos cursos que preparam professores.
Neste sentido, as experiências cotidianas e a reflexão-na-ação fazem que esse
profissional ultrapasse as teorias cientificas disponíveis, valendo-se de sua
experiência pessoal de seus valores e de seus sentimentos para solucionar
qualquer conflito” (Silva. 2009)
Procurando
manter o estágio como uma etapa diferenciada, foram respeitadas as rotinas dos
alunos para não afetar o funcionamento da escola. Durante o estágio foi
possível sentir que o professor realmente é uma ponte entre o aluno e o saber.
O professor como apoiador, estimulador do aprendizado que deve ser buscado.
A avaliação e os avanços do aprendizado
dos alunos é um momento importante do estágio. Foi possível perceber que o
avaliar não produz resultados iguais nos mesmos alunos. Alguns têm melhor
desempenho nas atividades lógicas, porém em outras atividades
abstratas/teóricas possuem dificuldades e vice-versa. Por isso, foram
propiciadas as mais diversas ações de aprendizado no intuito de todos poderem
demonstrar os conhecimentos adquiridos.
3.2 Processo
de ensino
O
estágio, seu planejamento e execução, teve como fator positivo o prévio
conhecimento da turma, suas particularidades, mesmo assim foi possível perceber
que o professor sempre é surpreendido não conseguindo prever os resultados em
algumas atividades específicas. Por isso o plano de aula teve adaptações ao
longo da sua execução. Mesmo os alunos
ao possuírem familiaridade com o professor, reagem de maneira única diante de
propostas diferenciadas como no estágio.
O
estágio também possibilitou a percepção de que o professor sozinho não consegue
manter-se criativo o tempo todo. Esta realidade seria possível contando com o
apoio de um professor auxiliar dentro da sala de aula. O aluno sempre
corresponde positivamente, aprende mais, mantêm o interesse no que é proposto.
Este momento também fez lembrar algumas frases de Paulo Freire que a função do
professor acima de tudo é libertar neste caso o aluno: “Educador e educandos, co-intencionados à
realidade se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de
desvelá-lo e, assim criticamente conhecê-la, mas também no de re-criar este
conhecimento” (Freire 1987).
Nos
dias de hoje são criadas grandes expectativas em torno da figura do professor.
Este como estimulador, motivador, certamente melhor representação do que essa
não é possível. No entanto, um educador muitas vezes esta envolto em uma turma
de aproximadamente 30 alunos, alguns com problemas de aprendizagem. Certamente
esta tarefa solitária ainda é uma realidade que precisa ser superada diminuindo
o número de alunos sob seus cuidados.
3.3 -
Aprendizagem dos alunos
A
turma a qual aconteceu o estágio, desde o principio revelou-se muito ativa,
respondendo bem as atividades apresentadas. Em algumas situações esta
característica atrapalhou o andamento dos trabalhos principalmente nas
atividades que exigiam concentração e memorização. Em outras situações em
atividades em espaços mais amplos (pátio da escola) esta característica tornou
o trabalho mais produtivo e participativo.
As
aprendizagens foram percebidas pela evolução dos trabalhos, o tempo das tarefas
aplicadas tiveram significativas melhoras. Alunos com dificuldades de
participação no grupo tiveram mais espaço de envolvimento e com isso
compreensão.
O
trabalho pensado e planejado em função das duas semanas de estágio trouxe bons
aprendizados tanto por parte dos alunos e também do próprio estagiário. Foi
possível perceber e confirmar o que sempre é dito e defendido por muitos
autores. Que todo o planejamento deve ser versátil, sempre prever possíveis
mudanças e imprevistos, saber adequar e buscar o fim desejado mesmo por
caminhos modificados durante a sua aplicação.
“O
professor precisa estar preparado, também para os momentos em que seu
planejamento necessite ser modificado sem que com isso o planejamento perca a
sua essência, observando também que planejar não significa alienar-se da
realidade dando assim autonomia para que o mesmo adapte o seu planejamento a
cada realidade de sala de aula”. (Gama e
Figueiredo s.d.)
O
aprendizado poderia se tornar mais qualificado e sempre é importante esperar
mais, desejar mais, para isso ter materiais mais atualizados poderiam acelerar
a aprendizagens como; recursos áudio visuais, materiais didáticos a disposição.
3.4 - Trabalho docente
Em
todas as atividades planejadas, os objetivos devem estar sempre presentes,
deste modo é possível avaliar o que funcionou, ou necessita trilhar outros caminhos
quando atividades semelhantes serão usadas. O conhecimento prévio sobre o
assunto também se faz necessário com pesquisas, busca do material mais
apropriado para tal situação. Vivemos hoje bombardeados por inúmeras fontes de
informações, resultado dos meios eletrônicos que invadiram quase todos os
espaços e ambientes de convivência. Esta geração de alunos possui informações
em excesso e o professor necessita estar bem informado e orientado para que
possa ajudar o aluno a filtrar estas informações, e dar respostas convincentes
quando for necessário.
“O
docente, a cada nova experiência, vai assim criando sua didática, e com isso
enriquecendo sua prática proporcional e, também, dessa forma, o professor acaba
usando o seu planejamento como fonte de oportunidade de reflexão e avaliação de
sua prática” (Gama e Figueiredo s.d.).
O
professor hoje está sendo desafiado a manter seu conhecimento atualizado,
apostando na formação permanente, buscando novas técnicas e recursos para
corresponder às necessidades atuais de seus alunos.
4.
CONCLUSÃO
Historicamente,
a educação sempre foi motivo de preocupação e reflexão quanto aos rumos e
privilégios que ela proporciona. O fazer e o aprender tornou-se uma realidade
inseparável quando o assunto é a educação.
No trabalho e reflexões aqui colocadas, algumas já
fazendo parte do aprendizado que a vida oferece, tendo assim a confirmação das
convicções através da prática. Estas convicções ligadas ao que muitos autores
procuram defender, reforçar. A educação necessita de respostas, de renovação e
de uma prática dinâmica e envolvente. É o caminho mais conveniente quando se
busca novos rumos no aprendizado para nossos alunos.
Durante o estágio, além do aprendizado também os desafios
se tornaram presentes, não como uma situação negativa, mas como parte desta
rotina educacional. Os desafios que o estágio apresentou foram: necessidades de
conhecer os temas e aprofundá-los através de pesquisas, prever e aprender novas
dinâmicas a serem trabalhadas com o objetivo de buscar o conhecimento desejado.
Muitos temas e o sucesso de assimilação dependem da abordagem, o modo como
serão apresentadas, deste modo tornam-se situações prazerosas e produtivas.
Algumas disciplinas como a matemática, hoje desafia quem
está no processo de ensino e aprendizagem. Ao longo de muitos anos não houve
preocupação quanto a este tema, somos fruto da geração onde as disciplinas se
tornaram uma atividade de desprazer aos alunos, hoje professores. Está
realidade está desafiada a mudar, através de novas abordagens mais produtivas e
dinâmicas.
A docência, ao contrário do que muito se fala com
notícias, reportagens, pesquisas, revelando temas como violência na escola,
desinteresse pelo ato de aprender, é um ato possível de satisfação tanto do
professor (estagiário) como do aluno. Esta é a certeza maior a partir destas
duas semanas. O educando é o sujeito a ser educado, motivado, trabalhará com
dedicação e muito prazer pelo ato de aprender. Na educação e todos que nela se
aventuram, sabem que nem sempre é possível alcançar o máximo desejado, mas
certamente acreditar, e o otimismo de quem segue este caminho é indispensável,
chega de derrotismo. Acreditar, apostar, é a caminhada a ser trilhada pelos
novos e sonhadores educadores.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia
do Oprimido. 17º Ed, Paz e Terra,
1987. Pg. 107
GAMA, Anailton de Souza; Figueiredo, Sonner Arfux de. O Planejamento no Contexto Escolar.
Artigo.
SILVA, Marilda da. Complexidade
da Formação de Professores (saberes teóricos e saberes práticos). Ed.
Cultura Acadêmica, São Paulo, 2009. Pg. 117
.
Catiana Vicente Pellegrini
“Acadêmica do curso de Pedagogia-EAD da Universidade de
Pelotas (UFPEL)”.
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