domingo, 30 de novembro de 2014

RESENHA
 TEXTO: (ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE ALUNOS SURDOS)


                O texto: “Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos” nos remete a refletir sobre outros temas de igual importância como as diferenças, preconceitos, direitos das minorias. Em nossa sociedade e dentro dela a educação necessita responder aos desafios atuais, ou seja, pensar a educação para todos, no centro da questão aqui refletida, os surdos e sua linguagem.
            Os autores procuram abordar o tema da presença de alunos surdos dentro da escola regular, os desafios encontrados pelos professores despreparados e também dos alunos que encontram um ambiente inadequado para responder as suas necessidades. A educação que sempre se apoiou na oralidade está sendo desafiada junto aos seus professores a compreender e ampliar o acesso a estes alunos.
            Este novo desafio certamente é um ponto saudável a todos, até aos alunos ouvintes, que podem se beneficiar com uma escola mais dinâmica, usando mais os recursos midiáticos, imagens, gráficos, mapas.
            Na prática, a reflexão sobre o tema da língua de sinais na escola está bem avançada, muitas pessoas procuram tomar conhecimento do tema, professores fazem curso de libras, no entanto quando a realidade da sala de aula surge todos sentem que há um despreparo, um longo caminho a ser percorrido.
             O texto sugerido faz referência a uma nova pedagogia, que ajudará a escola a refletir e buscar soluções necessárias é a Pedagogia Visual: “A pedagogia é uma área do conhecimento que procura acompanhar os avanços tecnológicos e sociais, e entre eles está atenta às tendências da chamada sociedade da visualidade” reforça a necessidade de uma nova pedagogia” (CAETANO & SANTOS, EDUFSCAR, 2013). Hoje não é impossível pensar a educação sem pensar nos recursos midiáticos que possam ajudar na aprendizagem dos alunos ouvintes e surdos, principalmente por sermos uma sociedade da visualidade. Estas novas tecnologias vem ao encontro das necessidades que hoje temos, buscar um aprendizado mais próximo da realidade.
            O uso de recursos visuais muito explorados pela mídia é um caminho interessante como outros recursos disponíveis nesta área que Campello chama de “Semiótica Imagética”. Tudo isso, porém não garante o sucesso da aprendizagem dos alunos surdos, muitos professores sentem-se despreparados em conduzir uma aula sem a presença de um interprete garantido por lei. Mesmo com a presença deste é necessário explicar o conteúdo não apenas apresentar como muitos imaginam. O interprete também necessita estar familiarizado com o tema trabalhado pelo professor, facilitando uma tradução mais qualificada.
            Esta reflexão apoiada pelo texto sugerido não é algo recente, já vem amadurecendo com reflexões, cursos de preparação oferecidos aos professores. Leis foram criadas para obrigar as instituições educacionais a se adaptarem as necessidades dos alunos surdos, porém as necessidades de qualificação aos professores que trabalharão em sala de aula foram ignoradas. “Apesar de não ser esperado o domínio da língua de sinais pelo professor regente, tarefa esta que seria reservada ao intérprete, não se pode negar que um aprofundamento em Libras é de grande proveito para que o professor possa auxiliar o aluno surdo na compreensão dos conteúdos”.  (CAETANO & SANTOS, EDUFSCAR, 2013). Aqueles que buscaram aperfeiçoamento na língua de Libras, o fizeram por conta própria, sem incentivos de cursos gratuitos ou mesmo valorização econômica por este novo aprendizado adquirido.  Mas é muito importante que o professor possa se aperfeiçoar cada vez mais para auxiliar o seu aluno surdo e perceber seus avanços e necessidades.
            A língua dos sinais acima de tudo vem colocar em destaque as dificuldades que as escolas têm de sair de um sistema engessado por décadas moldando um estilo de educar, longe da realidade e da vida dos seus alunos. Os desafios aqui percebidos podem se tornar uma luz na busca de outros modelos de ensinar, mais dinâmico e prazeroso aos educandos e educadores, sejam eles surdos ou ouvintes.  O aprendizado da língua de Libras deve ser incentivado com cursos gratuitos de qualidade, valorização econômica daqueles que se aventuram em aprender esta forma de comunicação tão importante, é fundamental.
Penso que o primeiro passo que devo dar como professora de um aluno surdo futuramente é fazer um curso de LIBRAS qualificado. Aprender e utilizar vários recursos visuais e estratégias metodológicas para trabalhar com este aluno beneficiando á todos com uma aprendizagem de qualidade. Buscar parceria com profissionais da Língua de Libras, com eles manter um aprendizado atualizado por serem conhecedores e preparados na condução desse saber.




Referências Bibliográficas

 CAETANO, Juliana F.  . Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos. . In: LACERDA, Cristina B. F. de; SANTOS, Lara F. dos (orgs). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2013. Pg.185.


Catiana Vicente Pellegrini

“Acadêmica do Curso de Pedagogia- EAD da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)”.

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