RESENHA
TEXTO: (ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
PARA O ENSINO DE ALUNOS SURDOS)
O texto: “Estratégias
metodológicas para o ensino de alunos surdos” nos remete a refletir sobre
outros temas de igual importância como as diferenças, preconceitos, direitos
das minorias. Em nossa sociedade e dentro dela a educação necessita responder
aos desafios atuais, ou seja, pensar a educação para todos, no centro da
questão aqui refletida, os surdos e sua linguagem.
Os autores procuram abordar o tema
da presença de alunos surdos dentro da escola regular, os desafios encontrados pelos
professores despreparados e também dos alunos que encontram um ambiente inadequado
para responder as suas necessidades. A educação que sempre se apoiou na
oralidade está sendo desafiada junto aos seus professores a compreender e
ampliar o acesso a estes alunos.
Este novo desafio certamente é um
ponto saudável a todos, até aos alunos ouvintes, que podem se beneficiar com
uma escola mais dinâmica, usando mais os recursos midiáticos, imagens, gráficos,
mapas.
Na prática, a reflexão sobre o tema
da língua de sinais na escola está bem avançada, muitas pessoas procuram tomar
conhecimento do tema, professores fazem curso de libras, no entanto quando a
realidade da sala de aula surge todos sentem que há um despreparo, um longo
caminho a ser percorrido.
O texto sugerido faz referência a uma nova
pedagogia, que ajudará a escola a refletir e buscar soluções necessárias é a
Pedagogia Visual: “A pedagogia é uma área do conhecimento que procura
acompanhar os avanços tecnológicos e sociais, e entre eles está atenta às
tendências da chamada sociedade da visualidade” reforça a necessidade de uma nova
pedagogia” (CAETANO & SANTOS, EDUFSCAR,
2013) .
Hoje não é impossível pensar a educação sem pensar nos recursos midiáticos que
possam ajudar na aprendizagem dos alunos ouvintes e surdos, principalmente por
sermos uma sociedade da visualidade. Estas novas tecnologias vem ao encontro
das necessidades que hoje temos, buscar um aprendizado mais próximo da
realidade.
O uso de recursos visuais muito
explorados pela mídia é um caminho interessante como outros recursos
disponíveis nesta área que Campello chama de “Semiótica Imagética”. Tudo isso,
porém não garante o sucesso da aprendizagem dos alunos surdos, muitos
professores sentem-se despreparados em conduzir uma aula sem a presença de um
interprete garantido por lei. Mesmo com a presença deste é necessário explicar
o conteúdo não apenas apresentar como muitos imaginam. O interprete também
necessita estar familiarizado com o tema trabalhado pelo professor, facilitando
uma tradução mais qualificada.
Esta reflexão apoiada pelo texto
sugerido não é algo recente, já vem amadurecendo com reflexões, cursos de
preparação oferecidos aos professores. Leis foram criadas para obrigar as
instituições educacionais a se adaptarem as necessidades dos alunos surdos,
porém as necessidades de qualificação aos professores que trabalharão em sala
de aula foram ignoradas. “Apesar
de não ser esperado o domínio da língua de sinais pelo professor regente,
tarefa esta que seria reservada ao intérprete, não se pode negar que um
aprofundamento em Libras é de grande proveito para que o professor possa
auxiliar o aluno surdo na compreensão dos conteúdos”. (CAETANO & SANTOS, EDUFSCAR,
2013) .
Aqueles
que buscaram aperfeiçoamento na língua de Libras, o fizeram por conta própria,
sem incentivos de cursos gratuitos ou mesmo valorização econômica por este novo
aprendizado adquirido. Mas é muito
importante que o professor possa se aperfeiçoar cada vez mais para auxiliar o
seu aluno surdo e perceber seus avanços e necessidades.
A língua dos sinais acima de tudo
vem colocar em destaque as dificuldades que as escolas têm de sair de um
sistema engessado por décadas moldando um estilo de educar, longe da realidade
e da vida dos seus alunos. Os desafios aqui percebidos podem se tornar uma luz
na busca de outros modelos de ensinar, mais dinâmico e prazeroso aos educandos
e educadores, sejam eles surdos ou ouvintes.
O aprendizado da língua de Libras deve ser incentivado com cursos
gratuitos de qualidade, valorização econômica daqueles que se aventuram em
aprender esta forma de comunicação tão importante, é fundamental.
Penso
que o primeiro passo que devo dar como professora de um aluno surdo futuramente
é fazer um curso de LIBRAS qualificado. Aprender e utilizar vários recursos
visuais e estratégias metodológicas para trabalhar com este aluno beneficiando
á todos com uma aprendizagem de qualidade. Buscar parceria com profissionais da
Língua de Libras, com eles manter um aprendizado atualizado por serem
conhecedores e preparados na condução desse saber.
Referências Bibliográficas
CAETANO,
Juliana F. . Estratégias metodológicas para o
ensino de alunos surdos. . In: LACERDA, Cristina B. F. de; SANTOS, Lara F.
dos (orgs). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de
surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2013. Pg.185.
Catiana
Vicente Pellegrini
“Acadêmica
do Curso de Pedagogia- EAD da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)”.
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